·
um homem
consola-se mais ou menos das pessoas que perde;
·
Os amigos que me
restam são de data recente;
·
(amaríssimo) José Dias amava os superlativos. Era
um modo de dar aparência monumental às ideias; não havendo ideias, servia ao
menos para prolongar as frases.
·
Não marquei a hora exata daquele gesto. Devia
tê-la marcado; sinto a falta de uma nota escrita naquela mesma noite, e que eu
poria aqui com os erros de ortografia que trouxesse, mas não traria nenhum, tal
era a diferença entre o estudante e o adolescente. Conhecia as regras do
escrever, sem suspeitar as do amar; tinha orgias de latim e era virgem de
mulheres.
·
Também se goza por influição dos lábios que
narram.
·
Não pedi ao Céu que eles fossem tão longos como
os da Aurora, porque não conhecia ainda esta divindade que os velhos poetas me
apresentaram depois; mas, desejei penteá-los por todos os séculos dos séculos,
tecer duas tranças que pudessem envolver o infinito por um número inominável de
vezes. Se isto vos parecer enfático, desgraçado leitor, é que nunca penteastes
uma pequena, nunca pusestes as mãos adolescentes na jovem cabeça de uma
ninfa...
·
E todas as palavras recolheram-se ao coração, murmurando: "Eis aqui um que não fará grande carreira no mundo, por menos que as emoções o dominem..."·
aos quinze anos, tudo é infinito
·
A insônia, musa de olhos arregalados, não me
deixou dormir
·
promessas são como promissórias, — ainda que o
devedor não as pague, valem a soma que dizem.
·
Não calculas o prazer que me deu a confidência
que lhe fiz.
·
em matéria de culpa a graduação é infinita.
·
A separação é coisa decidida, redargüi,
pegando-lhe na proposta. Era melhor que a fizéssemos por meias palavras ou em
silêncio; cada um iria com a sua ferida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário