A
conturbada historia das Bibliotecas
Resumo
do livro
p.
10 - Biblioteca de Widener (HArvard) – criado a partir da doação
feita pela mãe de Harry Elkins Widener (Bibliófilo), naufrago do
Titanic. As Estantes são os próprios andaimes de ferro do
edifício, o que dá a entender que a biblioteca é sustentada pelos
seus livros.
p.
10 – Biblioteca Widener – 10 andares – 90 quilômetros de
prateleiras, 4,6 milhões de livros, 14 milhões de volume. Maior
Biblioteca acadêmica. Nela exitem tuneis que levam a arquivos com
documentos governamentais. Tem seu próprio sistema de classificação.
p.
11-12. Biblioteca não é um mero repositório de
curiosidades. É um mundo em um só tempo. Submetida a um regime de
mudanças de ciclos de longes fileiras de livros. Em período letivo,
os livros entram e saem da biblioteca, num movimento semelhante ao
das marés. Respiração da biblioteca (pulmão da universidade) –
É como um livro entrando e saindo a cada período letivo.
p.
14 – A Library of Congress todos os dias acrescenta 7 mil livros ao
seu acervo.
p.
15 – O acervo de Thomas Jefferson ajudou a formar o núcleo inicial
da LoC e da Biblioteca da Universidade de Virgínia também.
p.
15 - “não importa quantos livros você tem, mas o quão bons eles
são” (Sêneca)
p.
15 - “um livro de biblioteca não é um mero artigo de consumo; ele
é, acima de tudo, um capital” (Thomas Jefferson)
p.
16 – “tudo no mundo existe para, algum dia, terminar num livro”
(Stéphane Mallarmé)
p.
23 - “As bibliotecas tem um poder de sedução tão grande sobre os
escritores que eles não resistem à tentação de inventar uma só
pra eles” (Battles).
p.
25 – José Luís Borges ficou totalmente cego deficiência visual
hereditária) praticamente quando foi nomeado diretor da Biblioteca
Nacional da Argentina após o regime peronista.
p.
29 – Biblioteca de Alexandria eram duas – a maior foi construída
no Séc. III a.C no interior de Mouseion, ou templo da Musas. A menor
foi criada um Séc. Depois no interior do templo de Sérápis).
p.
46 – Nos Séculos entre o começo da dinastia Qin e a invenção do
papel, sábios e sacerdotes fundaram por toda a China bibliotecas
imune ao fogo. A coleção Fang Shan de Sutras Budistas é um bom
exemplo (550d.C), na província de Hunan, não tinha um papel pois
era gravado nas paredes de cavernas.
p.
49 – Biblioteca Laurenziana – florença (ITA) – fundada por
Cosimo de Médice e projetada por Michelangelo.
p.
56 – Na grande conflagração ocorrida em 64 d.C, Nero assistiu,
tocando citara, a biblioteca Otaviana foi atingida. Mais tarde
restaurada por domiciano (que jamais demonstrou interesse pelas
letras).
p.
71 – Colina dos livros – arredores do Cairo onde foram enterrados
páginas rasgadas de livros arrancados pelo exercito Turco por volta
de 1068, o couro dino da encadernação dos livros foram usados para
a fabricação de sapatos.
p.
72 – A primeira Biblioteca pública Moderna – biblioteca de São
Marcos – fundada por Cosimo de Médici em 1444 em florença do Séc.
XV. Porém, o termo “Público” referia-se não a universidade de
acesso, mas ao palco sobre o qual a igreja, a nobreza e as poderosas
famílias mercantis despenhavam seus papeis e exerciam sua
autoridade. Era publica também porque o trabalho de estudiosos
beneficiariam a sociedade e porque ao construir a biblioteca e
escolherem os livros para coleção, o Médici tinham a oportunidade
de exigir-se publicamente na qualidade de peritos, patronos,
intelectuais e príncipes.
p.
79 – Biblioteca de Reichenau – mosteiro da ilha no Lago de
Constança, Alemanha – Séc. IX. Tinha apenas 415 volumes.
Biblioteca de Bobbio (Ita), Séc. X. Tinha 666 títulos. Era uma das
mais numerosas do seu tempo. Séc. XII – Biblioteca de Catedral de
Durham tinha 546 livros e o mosteiro de Cluny tinha me media 500.
p.
82 - Biblioteca do Vaticano – criada pelo Papa Nicolau V. Não
viveu pra ver a biblioteca em pleno funcionamento.
p.
82 – Papa Nicolal V (e outros papas do Séc.) apoiava a pirataria
dos caçadores de livros do inicio do Séc. XV, que roubavam qualquer
coisa que eles não pudessem copiar in situ (expressão latina que
significa no lugar). (Anthony Grafton apud Battles)
p.
90 – Biblioteca de Havard pegou fogo em janeiro de 1764.
p.
90 – Hollis = Havard Online Library imformation System –
homenagem a Thomas Hollis V que doou 500 libras para o fundo
destinado aquisição e recuperação de bibliotecas apos o incêndio.
p.
92 - “Segundo Sir William Temple, diplomata, um dos principais
problemas do saber moderno é sua dependência dos livros”.
p.
96 – A Biblioteca Real (palácio de St. James em Londres) ficava
num quarto morfado em cima da cozinha do Palácio.
p.
96 – Richard Bentley (amigo de Isaac Newron) – Bertley era o
classicista mais respeitado da Inglaterra – era tambem sacerdote.
Em 1694 foi aceito membro da Royal Society e nomeado guardião da
Biblioteca Real.
p.
100 – 1704 – Swift escreve - “Relato completo e verdadeiro da
guerra que ocorreu na ultima 6ª feira entre os livros antigos e
modernos na Biblioteca de St. James”
p.
133 - “eu quero que o estudante pobre tenha os mesmos recursos que
o homem mais rico deste reino para satisfazer sua vontade de
aprender, desenvolver atividades racionais, consultar autoridades nos
diversos assuntos e aprofundar-se nas investigações mais
intricadas. Acho que o governo tem a obrigação de dar a esse
estudante a assistência mais generosa e desprendida possível
(Panizzi apud Batthes).
p.
136 – Charles Wilcox – foi condenado a passar 12 meses na cadeia
por retirar um livro da sala de leitura.
p.
136 – Charles Wilcox foi condenado a passar 12 meses na cadeia por
retirar um livro da sala de leitura. A biblioteca do Museu
britânico (1831-1866) organizada por Antônio Panzini – elaborou
as regras de catalogação que perduram até o Séc XX.
p.
137 – Antonio Panizzi fez um esboço (à lapis) de um salão
redondo de leitura no Museu Britânico.
p.
138-139 – “[...] foi a educação que ensinou homens e mulheres a
comprar nos mercados mais baratos e a vender nos mais caros”
(Alistair Bçack – historiador de bibliotecas)
p.
140 “”Melville Louis Kossuth Dewey” - seus pais escolheram seu
nome em homenagem ao reformador húngaro, Lajos Kossuth que após a
revolução de 1848 na Hungria, ficou famoso no exílio como
conferencista.
p.
140 - Em 1868, Dewey resgatava livros de um incêndio na Biblioteca
da escola, e a fumaça em seus pulmões o fez contrair forte tosse,
que seu médico previu sua morte para dali a 2 anos. Segundo seu
Biografo (Wayne Wiegand), esse acidente levou Dewey a desenvolver
interesse pela economia de tempo.
p. 140 – Charles Dickens discursou na inauguração da biblioteca
Publica de Manchester em 1852. Em seu discurso expressou a esperança
dos livros terem o poder de neutralizar conflitos capitalistas
p.
142 - Dewey foi um dos fundadores da ALA, um funfador da 1ª escola
de bibliotecários em 1889 e fundou a “library Bureau”, que
vendia móveis e suprimentos para bibliotecas. Dewey era o membro
mais jovem da ALA em 1876, quando ele tinha 25 anos.
p.
143 - “Catalogar, indexar e tudo aquilo que envolve as atividades
são coisas que devem ser feitas uma só vez por todas as
bibliotecas” (DEWEY).
p.
145 – Em 1857 a Boston Athenaeum – Fundada em 1807 é a primeira
biblioteca a empregar mulheres.
p.
150 – Babás educam crianças, e bibliotecários educam leitores.
Leitores leem livros, bibliotecários leem leitores.
p.
157 – Século XIX caracterizou-se pela construção de biblioteca e
o Séc. XX pela sua destruição.
p.
157 – “Onde se queimam livros, acaba-se queimando pessoas”
(Heinrich Heine apud Battles)
p.
161 – Biblioteca de Louvain da Bélgica – em uma universidade em
16 de maio de 1940 – Louvain – os alemães queimaram mais
passaram a culpa nos ingleses.
p.
171 – Walter Hofmann – autodidata de Leipzig – tornou-se o
principal bibliotecário do nazismo.
p.
174 – A troca que os bibliotecários propuseram ao nazismo foi
faustiana. Sobreviveram apenas na medida em que conseguiram assegurar
ao Reich sua benevolência e marginalidade.
p.
177-179 – Herman Kruk (1896-1943) foi um bibliotecário e vítima
do holocausto – também foi superintendente da biblioteca Grosser
de Varsóvia até 1939. Foi deportado para a Estônia em 1943 e um
ano depois foi cremado no campo de concentração de Kruga.
p.
179 – Em 1981 nacionalistas cingaleses atearam fogo à Biblioteca
Tamil de Jaffna, Sri Lanka. (Tinham rolos de manuscritos feitos de
folha de palmeira e livros impressos). Em 2001 – Anunciaram a
destruição a cultura queimando 55 mil livros do Centro Cultural
Hakim Nasser Khosrow Balkhi, no norte do Afeganistão, diante do
olhar horrorizado do diretor.
p.
182 – em 1936 na Geórgia haviam 53 bibliotecas – apenas 5
serviam a comunidade negra.
p. 183-184 - O prédio da biblioteca de Sarajevo destruído na guerra
da Bósnia (em 92 pela Sérvia) também foi palco do assassinato do
arquiduque Franz Ferdinand (estopim para a Primeira Guerra Mundial).
Vijecnica fica de frente para o rio Miljacka.
p.
182 – em 1936 na Geórgia haviam 53 bibliotecas – apenas 5
serviam a comunidade negra.
p.
184 – em 1992 na Biblioteca Nacional e Universitária da Bósnia,
na margem oposta do rio Miljacka. Várias pessoas correram à
biblioteca para resgatar os livros das chamas. Aida Butorovic
(funcionaria de 32 anos) morreu no incêndio (atingida por um
morteiro). Câmeras no interior do prédio filmavam a destruição.
p.
188 – András Riedlmayer – Hungria – Bibliotecário e
historiador em Havard.
p.
190 – Genizah – Judaica – Túmulo das coisas escritas. É pra
lá que os livros vão quando morrem.
p.
200 – A capa da revista Scietific America de 27 março de 1911
mostrava uma vista de parte das estantes da Biblioteca Pública de
Nova York.
p.
202 – Walter Benjamin arriscou a vida por um único livro – além
de tudo inacabado. (os manuscritos do seu “projeto das passagens”
Das Passagen – Werk) “O livro é mais importante dfo que eu”
(dizia ele p. 204).
livro na íntegra - http://www.docvirt.com/WI/hotpages/hotpage.aspx?bib=ArMemBNM&pagfis=229&pesq=&esrc=s&url=http://docvirt.no-ip.com/docreader.net
Homenagem
a Aida Buturovic
Três
anos se passaram desde o início da guerra na Bósnia. Em meio a
relatos de sofrimento humano e atrocidades, outra trágica perda
passou largamente despercebido a destruição do registro escrito do
passado da Bósnia. Em 25 de Agosto de 1992, Biblioteca Nacional e
Universitária da Bósnia, um edifício mourisco renascimento bonito,
construído na década de 1890 na frente ribeirinha Sarajevo, foi
bombardeada e queimados. Antes do incêndio, a biblioteca realizou
1,5 milhões de volumes, incluindo mais de 155 mil livros raros e
manuscritos; arquivos nacionais do país; cópias de depósito de
jornais, periódicos e livros publicados na Bósnia; e as coleções
da Universidade de Sarajevo. Bombardeado com granadas incendiárias
de posições nacionalistas sérvios outro lado do rio, a biblioteca
queimada por três dias; foi reduzida a cinzas com a maioria dos seus
conteúdos. Enfrentando uma chuva de franco-atiradores,
bibliotecários e cidadãos voluntários formaram uma corrente humana
para passar livros para fora do prédio em chamas. Entrevistado pela
ABC News, um deles disse: "Conseguimos salvar apenas alguns
livros muito preciosos. Tudo o resto ardeu. E um monte de nossa
herança, patrimônio nacional, deitou-se lá em cinzas. "Aida
Buturovic, um bibliotecário na seção de trocas da Biblioteca
Nacional, foi morto a tiros por um franco-atirador durante a
tentativa de resgatar os livros das chamas.
(Apagar
o passado: A destruição de Bibliotecas e Arquivos da
Bósnia-Herzegovina (WebCite )
András Riedlmayer, Universidade de Harvard)
Nenhum comentário:
Postar um comentário