sexta-feira, 22 de março de 2013
ESCRITORES LUSO-BRASILEIROS
Cortesia: Biblioteca Nacional
BENTO TEIXEIRA
NOME LITERÁRIO: TEIXEIRA, BENTO
NOME COMPLETO: TEIXEIRA, BENTO
NASCIMENTO: Porto, Portugal – cerca de 1561
FALECIMENTO: Lisboa, Portugal – julho de 1618?
BIOGRAFIA
Filho de cristãos-novos, veio com a família para o Brasil por volta de 1567, com destino à capitania do Espírito Santo, frequentando o colégio dos Jesuítas. Em 1576 foi para o Rio de Janeiro e em 1579 para a Bahia. Em 1583 vai para Ilhéus onde se casa com Filipa Raposa, cristã-velha. Sem possibilidade de melhoria financeira, parte em 1584 para Olinda, abrindo aí a escola. Em 1588 vai para Igaraçu, dedicando-se ao magistério, à advocacia e ao comércio. Foi aí que a esposa começou a traí-lo sob pretexto de ele ser mau cristão e judeu. Foi aí também que blasfemou, sendo, em consequência, levado a auto-de-fé em 31 de
julho de 1589, mas conseguindo a absolvição do ouvidor da Vara Eclesiástica. A 21 de janeiro de 1594 fez sua denúncia e confissão perante o Visitador do Santo Ofício, em Olinda. Em dezembro desse ano matou a esposa por adultério e refugiou-se no Mosteiro de São Bento daquela cidade. Continuando sob a mira da Inquisição por judaísmo, foi preso em Olinda em 20 de agosto de 1595 sendo embarcado para Lisboa, aí chegando em janeiro de 1596. Recolhido aos cárceres, negou a crença e prática judaicas, vindo a confessá-las depois. Levado a auto-de-fé em 31 de janeiro de 1599, abjurou o judaísmo, recebeu doutrinação católica e obteve liberdade condicional a 30 de outubro. Doente, faleceu na cadeia de Lisboa em fins de julho de 1600.
JOSÉ VERÍSSIMO
Nome literário: VERÍSSIMO, JOSÉ
Nome completo: JOSÉ VERÍSSIMO DIAS DE MATOS
Pseudônimo: CÂNDIDO, V.
Nascimento: 08 de Abril de 1857, Óbidos, PA.
Falecimento: 02 de Fevereiro de 1916, Rio de Janeiro.
BIOGRAFIA
José Veríssimo passou a infância e iniciou os estudos em Óbidos, Pará. Depois, morou em Manaus e Belém. Aos doze anos transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde fez os preparatórios e ingressou na Escola Politécnica. Por motivos de doença, em 1876, abandona os estudos e regressa ao Pará. Lá, dedica-se a múltiplas atividades: em 1879, funda e dirige a Gazeta do Norte, e em 1884 , o Colégio Americano . Em 1878, ele estréia nas letras com Quadros Paraenses e Viagem ao Sertão. Fez duas viagens à Europa; na primeira, em 1880, viaja para Lisboa a fim de participar do Congresso Literário Internacional com um trabalho acerca do movimento literário brasileiro, e na Segunda, em 1889, participa de um Congresso de Antropologia e Arqueologia Pré-Histórica, em Paris, com um ensaio sobre O Homem de Marajó e a Antiga Civilização Amazônica. Regressando, muda-se para o rio de Janeiro, onde se consagra inteiramente à crítica e ao magistério: professor e diretor do Colégio Pedro II. Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, sócio-fundador da Academia Brasileira de Letras, diretor da Revista Brasileira ( 3º série, 1895-1898). Em 1907, conclui a publicação das seis séries dos Estudos de Literatura Brasileira, iniciada em 1901.
JOSÉ DE ALENCAR
NOME LITERÁRIO: ALENCAR, José de
NOME COMPLETO: ALENCAR, J. Martiniano de
PSEUDÔNIMO: AC; Senio; G.M.; Erasmo; J. de Al; Job; Um Asno; Ig; Serio. NASCIMENTO: Mecejana, Ceará, 1 de maio de 1829.
FALECIMENTO: Rio de Janeiro, RJ, 12 de julho de 1877.
BIOGRAFIA
Poeta, romancista, dramaturgo, crítico, jornalista, político, ensaísta, orador parlamentar e consultor do Ministério da Justiça. É considerado o patriarca da literatura brasileira. Sua infância foi impregnada das cenas da vida sertaneja e da natureza brasileira. Entre 1840 e 1843, estudou no Rio de Janeiro. Em 1846, transferiu-se para São Paulo, onde matriculou-se no curso jurídico. Em 1848, estudou em Pernambuco, retornando a São Paulo diplomou-se em 1850. No ano seguinte fixou-se no Rio de Janeiro, (RJ). Leu mestres estrangeiros de todos os gêneros: Balzac, Chateaubriand, Victor Hugo, Dumas, Byron, Eugenie Sue, Walter Scott, Fenimore Cooper. Em 1844, escreveu Os contrabandistas, O ermitão da Glória e Alma de Lázaro, influenciado pelo êxito de A Moreninha, de Joaquim Manoel de Macedo. Projetou-se no mundo literário através da polêmica em torno do poema épico "Confederação dos Tamoios", de Gonçalves de Magalhães, considerado, então, o chefe da literatura brasileira. Sua crítica demonstrava a concepção do que deveria caracterizar a literatura brasileira, para a qual o gênero épico era incompatível. Colaborou nos periódicos Correio Mercantil, Folha Nova, Revista Brasileira. Foi redator-chefe do Diário do Rio de Janeiro.
LIMA BARRETO
NOME LITERÁRIO: BARRETO, Lima.
NOME COMPLETO:BARRETO, Afonso Henriques de Lima.
PSEUDÔNIMO: Rui de Pina; Dr. Bogoloff; S. Holmes; Phileas Fogg. NASCIMENTO: Rio de Janeiro, RJ, 13 de maio de 1881.
FALECIMENTO: Rio de Janeiro, RJ, 1 de novembro de 1922.
BIOGRAFIA
Romancista, cronista. Fez seus primeiros estudos como interno no Liceu Popular Niteroiense, prestando, após alguns anos, exames para o Ginásio Nacional. Em 1896, matriculou-se no Colégio Paula Freitas, freqüentando o curso preparatório à Escola Politécnica, onde ingressou no ano seguinte. Em 1903, ingressou na Diretoria de Expediente da Secretaria de Guerra, abandonando o curso de engenharia, passando a sustentar a família, já que seu pai enlouquecera e sua mãe havia falecido. Em 1914, foi internado pela primeira vez no Hospício Nacional, por alcoolismo, sendo aposentado através de decreto presidencial. Foi preterido nas promoções da Secretaria de Guerra por sua participação, como jurado, no julgamento dos acusados no episódio denominado "Primavera de Sangue" (1910), que condenou os militares envolvidos no assassinato de uma estudante. Em 1919, esteve pela segunda vez internado no hospício. Candidatou-se duas vezes a membro da Academia Brasileira de Letras; na primeira vez, seu pedido não foi considerado; na segunda, não conseguiu ser eleito. Posteriormente recebeu menção honrosa desta Academia. Fez sua primeira colaboração na imprensa ainda em 1902. Influenciado pela Revolução Russa, a partir de 1918 passou a militar na imprensa socialista, publicando no semanário alternativo ABC um manifesto em defesa do comunismo. Colaborou nos periódicos Correio da Manhã, Gazeta da Tarde, Jornal do Commercio, Fon-Fon, entre outros. Lançou em 1907, com amigos, a revista Floreal, que teve editados apenas quatro números. Leia mais. Clique aqui.
ADOLFO CAMINHA
Nome literário: CAMINHA, ADOLFO
Nome completo: ADOLFO FERREIRA CAMINHA
Pseudônimo: FÉLIX GUANABARINO.
Nascimento: 29 de Maio de 1867, Aracati, CE.
Falecimento: 1º de Janeiro de 1897, Rio de Janeiro.
BIOGRAFIA
Adolfo Caminha após ter-lhe morrido a mãe, ficando órfão com mais cinco irmãos, foi para a companhia de parentes em Fortaleza. Seis anos depois, em 1883, mudou-se para a casa de seu tio no Rio de Janeiro que o matriculou na antiga Escola da Marinha. Em 1886, saiu a publicação em versos de Vôos Incertos. No mesmo ano, fez uma viagem de instrução aos Estados Unidos. Em 1887, a 16 de Dezembro, promovido a 2º tenente, publicou Judite e Lágrimas de um Crente, livro de contos. Em 1888, regressa a Fortaleza e envolve-se em rumoroso escândalo, ao raptar a esposa de um alferes. O ministro da Marinha interfere, inutilmente, para pôr fim à situação. Em 1890, Adolfo Caminha, pressionado de todos os lados, se demite e com a mulher e duas filhas segue para o Rio de Janeiro, onde vive como funcionário publico. Em 1891, fundou, em Fortaleza, a Revista Moderna, e colaborou no jornal O Norte. Em 1893, lançou o romance A Normalista, colaborou na Gazeta de Notícias e em O País. Em 1894, publicou No País dos Ianques, fruto de sua ida, oito anos antes, aos Estados Unidos. Um ano depois, o romance O Bom Crioulo, e Cartas Literárias. Em 1896, ano em que fundou a Nova Revista, publicou Tentação. Atormentado pelas dificuldades econômicas e debilitado pela tuberculose, morre precocemente. Deixou inacabados os romances: Ângelo e O Emigrado.
ALUÍSIO AZEVEDO
NOME LITERÁRIO: AZEVEDO, Aluísio
NOME COMPLETO: AZEVEDO, A. Tancredo Gonçalves de
PSEUDÔNIMO: Pitribi; Luinho; Gerofle; Semicúpio dos Lampiões; Acropolio; Vitor Leal (assinava este junto com Olavo Bilac, Coelho Neto e Pardal Mallet); Rui Vaz; Aliz-Alaz; Asmodeu.
NASCIMENTO: São Luiz, MA, 14 de abril de 1857.
FALECIMENTO: Buenos Aires, Argentina, 21 de janeiro de 1913.
BIOGRAFIA
Em 1875, trabalha como caixeiro. Nesta época colabora em jornais com versos e desenhos e ensina português. A convite do irmão, o comediógrafo Artur Azevedo, embarca para o Rio de Janeiro, trabalhando como caricaturista nas redações de jornais políticos e humorísticos. Lá, cursa a Imperial Academia de Belas Artes. Com o falecimento do pai em 1878, retorna ao Maranhão, onde colabora na imprensa. Foi um dos fundadores do jornal O Pensador. Volta ao Rio de Janeiro em 1882, militando ativamente na imprensa. Em 1891, é nomeado Oficial-Maior da Secretaria de Negócios do Governo do Estado do Rio. Em 1895, fez concursos na Secretaria do Exterior para cônsul, sendo nomeado vice-cônsul, em Vigo, em 1895. Desde então, não mais publicou um livro, vendendo sua propriedade literária a H. Garnier. Em 1910, foi promovido a cônsul de primeira classe. Em 1911, sem prejuízo das funções consulares foi transferido para o posto de Adido Comercial junto às legações do Brasil na Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai.
JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS
NOME LITERÁRIO: ASSIS, JOAQUIM MARIA MACHADO DE
NOME COMPLETO: JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS
NASCIMENTO: 21 de junho de 1839, Rio de Janeiro FALECIMENTO: 29 de agosto de 1908, Rio de Janeiro
BIOGRAFIA
Mestiço, de origem humilde – filho de um pintor de paredes e de uma imigrante açoriana , autodidata, sofrendo as inevitáveis restrições de sua descendência social, Machado de Assis, tendo perdido cedo sua genitora, foi criado por uma madrasta, que o cuidou com carinho. A despeito de tudo, Machado atingiu todas as glórias das letras nacionais. Sua produção abrange a poesia, o conto, o ensaio, o teatro, o publicismo, a crônica. Foi no romance, principalmente nos cinco textos escritos após 1881, que ele atingiu os maiores níveis de criatividade e elaboração formal. É o autor brasileiro de mais vasta fortuna crítica, não apenas entre os críticos nacionais, mas também entre os estrangeiros que o consideram um caso raro de artista e intelectual. As várias exegeses de sua obra revelam sua genialidade e apontam para o moralista - irônico e refinado - e o humorista, no sentido inglês do termo, com extraordinária agudeza de espírito. Ao longo de sua vida, lutou contra as dificuldades de sua saúde precária e contra os preconceitos sociais. Por cultivar uma personalidade amena, cativante, sempre avesso às controvérsias banais, preferindo decifrar a condição humana com sua literatura inigualável, ficou conhecido como o bruxo do Cosme Velho, bairro do Rio de Janeiro onde morou desde a década de 1870 até sua morte. Leia mais. Clique aqui.
RAUL POMPÉIA
NOME LITERÁRIO: POMPÉIA, Raul.
NOME COMPLETO: POMPÉIA, Raul d’Ávila.
PSEUDÔNIMO: Rapp; Pompeu Stell; Um moço do povo; Y. Niomey e Hydgard; R.; Lauro; Fabrício; Raul D. Raulino Palma; Procopius.
NASCIMENTO: Angra dos Reis, RJ, 12 de abril de 1863.
FALECIMENTO: Rio de Janeiro, RJ, 25 de dezembro de 1895.
BIOGRAFIA
Romancista, contista, cronista, poeta, advogado, jornalista. Aos dez anos foi internado no colégio do professor Abílio César Borges, no Rio de Janeiro. Mais tarde, matriculou-se no externato do Imperial Colégio Pedro II, onde completou o estudo de humanidades, destacando-se como orador. Começando o curso de direito em São Paulo (1881), deixou-se influenciar por idéias materialistas, positivistas e revolucionárias da época, empolgando-se pelas causas abolicionista e republicana. Atacando a oligarquia dominante através de comícios públicos, ou de caricaturas e artigos publicados em diversos jornais, sofreu perseguições políticas que culminaram com a sua reprovação nos exames finais da faculdade. Transferiu-se para a cidade de Recife, a fim de concluir o curso. Foi de intensa atividade intelectual a sua permanência nesta cidade, de onde remetia suas colaborações para os jornais do Rio de Janeiro, cidade para qual retornou em 1885. Em 1893, publicou a charge "O Brasil crucificado entre dois ladrões", hostilizando ingleses e portugueses, causando escândalo no meio político. Devido as suas posições político-ideólogicas, foi atacado por Olavo Bilac num artigo de jornal. Pompéia o desafiou para um duelo que não chegou a se consumar. Em 1895, é demitido da direção da Biblioteca Nacional, para onde havia sido nomeado. Um artigo de Luís Murat traz-lhe grande abatimento moral e no dia de Natal suicida-se com um tiro no coração.
JÚLIA LOPES DE ALMEIDA
NOME LITERÁRIO: ALMEIDA, Júlia Lopes de.
NOME COMPLETO : ALMEIDA, Júlia Valentina da Silveira Lopes de.
PSEUDÔNIMO : Jalinto; Filinto de Almeida; Eila Worns.
NASCIMENTO: Rio de Janeiro, RJ, 24 de setembro de 1862.
FALECIMENTO: Rio de Janeiro, RJ, 30 de maio de 1934
BIOGRAFIA
Contista, romancista, cronista, teatróloga. Viveu parte da infância em Campinas (SP). Estreou na imprensa em 1881, quando as mulheres mal iniciavam carreira literária em jornais no Brasil, publicando no semanário A Gazeta de Campinas. Fez conferências e colaborou em vários periódicos do Rio de Janeiro e de São Paulo, entre eles Gazeta de Notícias, Jornal do Comércio, Ilustração Brasileira, A Semana, O País, Tribunal Liberal. Casou com o poeta e teatrólogo português Filinto de Almeida, com quem dividiu a autoria do romance A casa verde. Seus livros retratam costumes da época e expõem idéias favoráveis à República e à Abolição, destacando-se sobretudo pela simplicidade, o que a tornou bem aceita pelo público e pela crítica. Ocupou a cadeira nº 26 da Academia Carioca de Letras. Com uma linguagem simples, Júlia Lopes Almeida revela em sua obra a atmosfera suave do ambiente tipicamente familiar. Em seu livro A árvore (1916), defende com rigor o ambiente natural, afirmando que "cortar uma árvore é estrangular um nervo do planeta em que vivemos", preocupação inusitada para a sua época. Brilhante e sensível, contestava, ainda que de maneira delicada e sutil, a discriminação contra a mulher. No entender de Lúcia Miguel Pereira, a autora deve ser considerada a maior figura entre os romancistas de sua época, não só pela extensão de sua obra, pela continuidade do esforço, pela longa vida literária de mais de 40 anos, como pelo êxito que conseguiu, com os críticos e com o público. Para Josué Montello, "o que sua voz revela, no plano mesmo da superfície narrativa cheia de ações e peripécias, são os movimentos tornados gestos. Gestos ao mesmo tempo cotidiano e cerimoniais.
VISCONDE DE TAUNAY
NOME LITERÁRIO: TAUNAY, VISCONDE DE
NOME COMPLETO: ALFREDO D'ESCRAGNOLLE TAUNAY
PSEUDÔNIMOS: ANAPURUS, ANDRÉ VIDAL, CARMOTAIGNE, EUGÊNIO DE MELO, FLÁVIO ELÍSIO, HEITOR MALHEIROS, SÍLVIO DINARTE, MÚCIO ESCOEVOLA, SEBASTIÃO CORTE REAL
NASCIMENTO: 22 de Fevereiro de 1843, Rio de Janeiro FALECIMENTO: 25 de Janeiro de 1889, Rio de Janeiro.
BIOGRAFIA
Taunay estudou Humanidades no Colégio Pedro II. Depois, em 1859, matriculou-se na Escola Militar, onde foi bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas. Engenheiro-geógrafo do Exército, tenente do Imperial Corpo de Engenheiros, participou da Guerra do Paraguai e da Expedição do Mato Grosso. Deixou o exército, no posto de major, para se dedicar à política e ás letras. Dedicou-se à música, à pintura, ao jornalismo e à crítica. Embora filho de franceses, soube ser um escritor essencialmente brasileiro. Iniciou-se nas letras com o romance A Mocidade de Trajano (1871), sob o pseudônimo de Sílvio Dinarte. No mesmo ano, publica em francês suas impressões acerca de um episódio decisivo na Guerra do Paraguai, A Retirada da Laguna. Em 1872, publica Inocência. Foi senador por Santa Catarina e presidente da Província de Santa Catarina e Paraná. Afastou-se da política como senador em 1889, por fidelidade à monarquia. Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico e membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Em 1889, recebe o título de Visconde.
RUI BARBOSA
Nome literário: BARBOSA, RUI
Nome completo: OLIVEIRA, RUI BARBOSA DE
Nascimento: 5 de novembro de 1849, Salvador, Bahia
Falecimento: 1923, em Petrópolis, Rio de Janeiro
BIOGRAFIA
Rui Barbosa de Oliveira, político e jurisconsulto, nasceu em Salvador, Bahia, em 5 de novembro de 1849. Bacharelou-se em 1870 pela Faculdade de Direito de São Paulo. No início da carreira na Bahia, enganjou-se numa campanha em defesa das eleições diretas e da abolição da escravatura. Foi político relevante na República Velha, ganhando projeção internacional durante a Conferência da Paz em Haia (1907), defendendo com brilho a teoria brasileira de igualdade entre as nações. Eleito deputado provincial, e adiante geral, atuou na elaboração da reforma eleitoral, na reforma do ensino, emancipação dos escravos, no apoio ao federalismo e na nova Constituição. Por divergências políticas, seu programa de reformas eleitorais que elaborou, mal pode ser iniciado, em 1891. Em 1916, designado pelo então presidente Venceslau Brás, representou o Brasil centenário de independência da Argentina, discursando na Faculdade de Direito de Buenos Aires sobre o conceito jurídico de neutralidade. O discurso causaria a ruptura definitiva da relações do Brasil com a Alemanha. Apesar disso, recusaria, três anos depois, o convite para chefiar a delegação brasileira à Conferência de Paz em Versalhes. Com seu enorme prestígio, Rui Barbosa candidatou-se duas vezes ao cargo de Presidente da República - nas eleições de 1910, contra Hermes da Fonseca e 1919, contra Epitácio Pessoa - entretanto, foi derrotado em ambas, sendo o período durante a primeira candidatura o marco inicial e sua Campanha Civilista. Como jornalista, escreveu para diversos jornais, principalmente para A Imprensa, Jornal do Brasil e o Diário de Notícias, jornal o qual presidia. Sua extensa bibliografia recolhida em mais de 100 volumes, reúne artigos, discursos, conferências EE. questões políticas de toda uma vida. Sócio fundador da Academia Brasileira de Letras, sucedeu a Machado de Assis na presidência da casa. Sua vasta biblioteca, com mais de 50.000 títulos pertence à Fundação Casa de Rui Barbosa, localizada em sua própria antiga residência no Rio de Janeiro. Rui Barbosa faleceu em Petrópolis, no Rio de Janeiro, em 1923.
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