segunda-feira, 10 de julho de 2023

O Mistério do Diamante Perdido na Biblioteca

 


Pâmela e Eduard eram dois investigadores que trabalhavam para uma agência de seguros. Eles foram contratados para resolver o caso do desaparecimento de um diamante valioso que pertencia a um colecionador famoso. O diamante estava em uma exposição na biblioteca municipal, mas sumiu durante a noite sem deixar vestígios.

·         Como vamos encontrar o diamante, Pâmela? - perguntou Eduard, frustrado. - Não há câmeras, nem alarmes, nem testemunhas. Parece que o ladrão sabia exatamente o que fazer.

·         Não se preocupe, Eduard. Eu tenho uma ideia. - disse Pâmela, confiante. - Vamos procurar nos livros da biblioteca.

·         Nos livros? Como assim?

·         Sim, nos livros. Você não acha estranho que o ladrão tenha escolhido roubar o diamante na biblioteca? Por que não em um museu, ou em uma joalheria?

·         Talvez ele goste de ler. - brincou Eduard.

·         Ou talvez ele tenha deixado alguma pista nos livros. Vamos começar pela seção de mistério. Quem sabe ele não é fã de Agatha Christie ou Arthur Conan Doyle?

·         Você acha mesmo que ele seria tão óbvio?

·         Não custa tentar. Vamos lá.

Os dois investigadores se dirigiram à seção de mistério e começaram a examinar os livros nas estantes. Eles procuravam por algo fora do comum, como um papel dobrado, uma marca de caneta, ou um recado.

Depois de alguns minutos, Pâmela encontrou algo que chamou sua atenção.

·         Eduard, venha ver isso! - ela exclamou.

·         O que você achou?

·         Olhe este livro. É O Assassinato no Expresso do Oriente, da Agatha Christie. Um dos meus favoritos.

·         E daí?

·         E daí que tem algo escrito na capa. Veja.

Eduard pegou o livro e leu o que estava escrito com uma letra pequena e apressada:

மோர்ஸ் குறியீடு புத்தகத்தில் வைரம் உள்ளது. அல்லது அருகில்

Utilizando o tradutor do celular, descobriram que era uma mensagem em Tâmil, que é um dos principais sistemas de escrita utilizados na língua tâmil, que é falada principalmente no estado de Tamil Nadu, no sul da Índia, e em partes do Sri Lanka, Malásia e Cingapura. É uma das mais antigas formas de escrita em uso contínuo, com registros que remontam a mais de dois mil anos.

A tradução é: “O diamante está no livro de código Morse. Ou próximo”.

·         O que isso significa? - perguntou Eduard.

·         Significa que o ladrão deixou uma pista para nós. Ele escondeu o diamante em algum livro que tem a ver com código Morse.

·         Código Morse? Aquele sistema de comunicação por pontos e traços?

·         Isso mesmo. Vamos procurar na seção de história ou de ciências.

Os dois investigadores foram até a outra parte da biblioteca e começaram a procurar por livros sobre código Morse. Eles encontraram vários, mas nenhum deles continha o diamante.

·         Será que estamos no caminho certo? - questionou Eduard.

·         Temos que estar. Não podemos desistir agora. - disse Pâmela.

Ela pegou mais um livro e abriu as páginas. E viu um catatau. Ao abrir, para sua surpresa, ela viu algo brilhar entre elas. O livro com um furo nas páginas.

·         Eduard, eu achei! Eu achei o diamante! - ela gritou.

·         Onde? Onde?

Eduard correu até ela e viu o diamante preso em um buraco feito no livro. Ele era grande e reluzente, e refletia as cores do arco-íris.

·         Uau! Que beleza! - ele exclamou.

·         Sim, é lindo! Mas como ele veio parar aqui?

Pâmela olhou para o título do livro. Era “A História do Código Morse”, de Samuel Morse.

·         Acho que esse é o livro de código Morse que o ladrão mencionou. Ele deve ter usado uma furadeira para fazer o buraco e esconder o diamante.

·         Mas por que ele fez isso? Por que ele não levou o diamante consigo?

Pâmela pensou por um momento e teve uma ideia.

·         Talvez ele quisesse nos testar. Talvez ele quisesse ver se éramos capazes de decifrar sua charada.

·         E nós fomos. Nós somos os melhores!

·         Sim, nós somos!

Os dois investigadores se abraçaram e comemoraram. Eles tinham encontrado o diamante perdido e resolvido o caso.

·         Vamos levar o diamante para a polícia e receber nossa recompensa. - disse Eduard.

·         Sim, vamos. Mas antes, vamos devolver o livro para a estante. Não queremos estragar a biblioteca. - disse Pâmela.

·         Boa ideia. Vamos lá.

Pegaram o livro junto e saíram da biblioteca com o diamante em mãos. Eles eram Pâmela e Eduard, os investigadores de mistério.

Fim.


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