sexta-feira, 20 de abril de 2012

SciELO Livros: biblioteca digital reúne mais de 200 obras

Fonte: Reprodução site oficial.
Quer ler obras completas e totalmente grátis no seu computador ou eReader? A nova plataforma SciELO Livros, mantida pela Biblioteca Científica Eletrônica Online (SciELO, sigla em inglês) em parceria com as editoras Fiocruz, Unesp e da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Ao todo, são 246 livros disponibilizados em PDF ou EPUB, um formato específico, livre e aberto para e-books desenvolvido e mantido pela International Digital Publishing Forum (IDPF). O uso do EPUB permite adaptar e otimizar a apresentação de um conteúdo eletrônico em diferentes dispositivos de saída utilizados por um leitor desse formato (eReader).

A distribuição dos livros segue as regras do Open Publication Distribuition System (OPDS), uma aplicação do Atom Syndication Format que permite distribuir livros digitais através de um formato de catálogo simples. Catálogos OPDS permitem agregar, distribuir, descobrir e adquirir publicações eletrônicas e foi projetado para funcionar alternadamente em vários programas de desktops e dispositivos.

Para conferir todas as obras e baixá-las, acesse o site http://books.scielo.org.

sábado, 7 de abril de 2012

Sobre os perigos da leitura

Nos tempos em que eu era professor da Unicamp, fui designado presidente da comissão encarregada da seleção dos candidatos ao doutoramento, o que é um sofrimento.

Marcelo Zocchio



Será que a leitura dos jornais nos torna estúpidos?

O nome não me era estranho. Eu já o vira de relance em algum jornal ou revista. Mas não me interessei. Aquele nome, para mim, não passava de um bolso vazio. Eu não tinha a menor idéia do que havia dentro dele. Sou seletivo em minhas leituras. Leio gastronomicamente. Diante de jornais e revistas eu me comporto da mesma forma como me comporto diante de uma mesa de bufê: provo, rejeito muito, escolho poucas coisas. Concordo com Zaratustra: “Mastigar e digerir tudo - essa é uma maneira suína.“


Aquele bolso devia estar cheio de coisas dignas de serem comidas – caso contrário não teria sido oferecido como banquete nas páginas amarelas da VEJA. Mas eu não comi. Aí um amigo me enviou via e-mail cópia de uma crônica do Arnaldo Jabor, a propósito do dito nome – crônica que eu li e gostei: sou amante de pimentas e jilós.

Senti-me parecido com o Mr. Gardner, do filme “Muito além do jardim“, com Peter Sellers. Mr. Gardner jamais lia jornais e revistas. Aproximei-me então da minha assessora e lhe perguntei, envergonhado, temeroso de que ela tivesse visto o dito filme, e me identificasse com o Mr. Gardner. “Natália, quem é Adriane Galisteu?“ Esse era o nome do bolso vazio. Ela deu uma risadinha e me explicou. À medida em que ela

Ganhei coragem



“Mesmo o mais corajoso entre nós só raramente tem coragem para aquilo que ele realmente conhece“, observou Nietzsche. É o meu caso. Muitos pensamentos meus, eu guardei em segredo. Por medo. Albert Camus, ledor de Nietzsche, acrescentou um detalhe acerca da hora quando a coragem chega: “Só tardiamente ganhamos a coragem de assumir aquilo que sabemos“. Tardiamente. Na velhice. Como estou velho, ganhei coragem. Vou dizer aquilo sobre que me calei: “O povo unido jamais será vencido“: é disso que eu tenho medo.

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