quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

CONSELHOS ÚTEIS PARA QUEM QUER SER ESCRITOR (Thalita Rebouças)


Escrever é uma arte, e não é das mais simples. Não basta ter apenas uma idéia na cabeça e começar a escrever, acho que 50% inspiração e 50% transpiração já é um bom começo para quem deseja ser escritor, a escritora Thalita enumerou 12 pérolas que são conselhos úteis para quem deseja começar a escrever, o qual transcrevi aqui no site auxiliando quem deseja iniciar na arte das palavras e textos.

1) Nunca é tarde para correr atrás de um sonho. Zélia Gattai começou a escrever aos 63 anos, furou as orelhas aos 80 e hoje é imortal. Mas comece logo. Agora, se possível, tenha você 15 ou 80 anos. Escrever um livro leva tempo, então por que esperar mais? Cada dia de espera é um dia perdido, não volta mais. Aliás, esta dica serve para qualquer sonho que você tiver. Acredite e comece a se mexer. Ficar em casa assistindo à Sessão da Tarde não ajuda nada.

Lembrei-me agora de uma passagem do primeiro livro do Amyr Klink, Cem dias entre Céu e Mar, em que ele conta uma coisa muito bonita. Seu medo maior não era das tempestades, dos tubarões ou da solidão. Seu medo era de nunca sequer partir para tentar realizar o seu sonho de cruzar o Oceano Atlântico remando. Não tentar pode ser muito, muito mais doloroso do que fracassar. Portanto, por mais difícil que possa parecer, NÃO DESISTA!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O Poeta Do Castelo (1959)

Documentário de Joaquim Pedro de Andrade. Elenco: Manuel Bandeira. Versos de Manuel Bandeira, lidos pelo poeta, acompanham e transfiguram os gestos banais de sua rotina em seu pequeno apartamento no centro do Rio; a modéstia do seu lar, a solidão, o encontro provocado por um telefonema, o passeio matinal pelas ruas de seu bairro. 


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Citações da obra Crítica da Modernidade de Alain Touraine.

TOURAINE, Alain. Crítica da Modernidade. Tradução de Elia Ferreira Edel. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 1997. 431 p. ISBN 85-326-1164-8

“Jean Jacques Rousseau pertence a esta filosofia do iluminismo porque, comenta Jean Starobinski, toda a sua obra está dominada pela busca da transparência e pela luta contra os obstáculos que obscurecem o conhecimento e a comunicação” (p. 20).

“o que vale para a sociedade, vale para o individuo” (p. 20)

Os filósofos do iluminismo, no Sec. XVIII – “É preciso substituir a arbitrariedade da moral religiosa pelo conhecimento das leis da natureza” (p. 21)

“[...] o triunfo do bem não seria possível se a virtude não censurasse o prazer” (p. 22)

“O ser humano não é mais uma criatura feita por Deus à sua imagem, mas um ator social definido por papeis, isto é, pelas condutas ligadas a status e que devem contribuir para o bom funcionamento do sistema social” (p. 26)

“A sociedade nada mais é que o conjunto dos efeitos produzidos pelo progresso do conhecimento” (p. 38)

A Declaração dos direitos do homem e do cidadão.
“A declaração francesa dos direitos situa-se na junção de um período que foi dominado pelo pensamento inglês com o período das revoluções que será dominado pelo modelo político Frances e pelo pensamento alemão” (p. 61)

“A sociedade industrial que se forma na Europa, depois na América do Norte, surge cortada por um capitalismo brutal: de um lado o mundo do interesse e da individualidade, sobre o qual Schopenhauer diz que é esteticamente uma taberna cheia de bêbados, intelectualmente um asilo de alienados e moralmente um covil de bandidos; do outro, o mundo impessoal do desejo que não se comunica com o do cálculo”. (p. 115)

“Nietzshe combate a resposta de Schopenhauer, mas adota sua critica do individualismo. Ele se coloca no interior da modernidade e reivindica a herança do iluminismo, particularmente de Voltaire, sobretudo pela rejeição ao cristianismo: os homens se separam dos deuses, mas essa ruptura não é o fim do mundo, ela é ao mesmo tempo uma libertação que abre uma nova época e um assassinato que deixa o homem carregado de culpa. ‘Deus esta morto’, diz ele em A Gaia Ciência, e acrescenta, ‘nós o matamos’” (p. 116)

“Mas todos os filósofos da Escola de Frankfurt vêem na cultura de massa um instrumento de repressão e não de submissão, de escravidão, portanto” (p. 162)

“A influencia da Escola de Frankfurt é e permanece considerável, pois uma sociedade dominada pela produção, pelo consumo e pela comunicação de massa tende a reduzir os indivíduos a preencher que outros definiram para eles, e esta forma moderna de dependência, muito diferente daquela das sociedades tradicionais que submetiam o individuo a regras e ritos [...]” (p. 165)

“Quanto mais a modernidade se faz presente, mais se eclipsam as representações que a identificavam com o desaparecimento do sujeito, como o sol substituindo a lua no céu.” (p. 303).

RUI BARBOSA


Ao contrário do que se imagina, Rui Barbosa quase nunca usava bengala. Carregava, sim, um guarda-chuva de cabo de ouro e um livro debaixo do braço para ler no trajeto de bonde ou carruagem. Só calçava botinas pretas ou marrons, de número 36, e não usava jóias, exceto o relógio de ouro, dentro do qual carregava um retrato da esposa, Maria Augusta - com quem foi casado durante 47 anos e teve cinco filhos -, e a aliança. Detestava ostentar o anel de grau e raramente tirava os óculos. Para ler, usava um pinchê e até na compulsão por devorar livros era igual ao pai. A baixa estatura - 1,58m - e os 48 quilos, além do volumoso bigode branco e da ligeira curva na coluna, faziam do jurista um verdadeiro João José Barbosa em miniatura.
Foi com o pai que o menino aprendeu as técnicas de eloquência que lhe foram tão úteis. O vozeirão, que ninguém compreendia como fora parar naquele corpo franzino, ajudava muito em seu desempenho nas tribunas. Dominando como poucos o ofício de orador, o jurista baiano (nascido em Salvador, a 5 de novembro de 1849) encantou e causou inveja a muita gente. Discursando na Câmara, no Senado ou em praça pública - como fez nas três vezes em que falou aos soldados recém-chegados da Guerra do Paraguai, em 1869 - provocava aplausos intermináveis. Jurista, advogado, diplomata, político e jornalista, Rui Barbosa foi "um homem que teve sua atuação pública baseada num rígido comportamento ético", como disse a ISTOÉ o presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, Mário Machado.

Lawrence Stenhouse, o defensor da pesquisa do dia a dia

Para o educador inglês, todo professor deveria atuar como um investigador para ser capaz de criar o próprio currículo

Márcio Ferrari (novaescola@atleitor.com.br)

Lawrence Stenhouse
É impossível falar em professor-pesquisador sem citar o nome de Lawrence Stenhouse (1926-1982). A necessidade de utilizar a investigação como recurso didático já era discutida desde a década de 1930, mas foi esse inglês quem jogou luz sobre o tema, 30 anos mais tarde. "A técnica e os conhecimentos profissionais podem ser objeto de dúvida, isto é, de saber, e, conseqüentemente, de pesquisa", justificava. Assim, acreditava ele, todo educador tinha de assumir seu lado experimentador no cotidiano e transformar a sala de aula em laboratório. E, tal qual um artista, que trabalha com pincéis e tintas e escolhe texturas e cores, o profissional da educação deveria lançar mão de estratégias variadas até obter as melhores soluções para garantir a aprendizagem da turma. Em condições ideais, todos seriam capazes de criar o próprio currículo, adequado à realidade e às necessidades da garotada.

"Suas idéias, que têm mais de 40 anos, estão na pauta da educação atual", diz a professora Menga Lüdke, do Departamento de Educação da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro. De fato, os conceitos mais recentes sobre as competências para ensinar incluem a postura reflexiva, a capacidade de analisar a própria prática e a partir dessa análise efetuar ajustes e melhorias no trabalho de sala de aula.


Mas nem sempre foi assim. Muitas das propostas de Stenhouse foram desprezadas porque ele procurava resolver problemas - como o da autoridade do professor em sala de aula - com propostas educativas de efeitos de médio e longo prazo. E muita gente, dentro da própria escola, prefere soluções instantâneas.

A eficácia das teorias pôde ser comprovada enquanto ele ainda estudava o tema. No final dos anos 1960, trabalhando no Schools Council for Curriculum and Examinations (Conselho Escolar de Currículo e Avaliação), de Londres, ele criou e pôs em prática um currículo específico para atender jovens de classes populares - com excelentes

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Ferreira Gullar e Laurentino Gomes vencem o Prêmio Jabuti 2011

30/11/2011 22h59 - Atualizado em 30/11/2011 23h54

Livro do ano de ficção e de não-ficção foram anunciados nesta quarta (30).
Mudança no regulamento evitou repetição da polêmica da edição de 2010.
Cauê Muraro (Do G1, em São Paulo)




Ferreira Gullar venceu o Jabuti 2011, entregue na

Sala São Paulo (Foto: Cauê Muraro/G1)
O livro de poesia “Em alguma parte alguma”, de Ferreira Gullar, e o livro-reportagem “1822”, de Laurentino Gomes, foram os grandes vencedores do 53º Prêmio Jabuti, anunciado na noite desta quarta-feira (30), em cerimônia realizada em São Paulo. O primeiro foi eleito “Livro do Ano - Ficção”, e o segundo, “Livro do Ano - Não-Ficção”. Concorriam aos prêmios principais obras de diversas categorias (veja lista abaixo). Os vencedores de cada uma delas, anunciados em 18 de outubro, também subiram ao palco da Sala São Paulo para receber suas respectivas condecorações, assim como segundos e terceiros colocados.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Dilma sanciona Lei de Acesso à Informação

Diante de uma grande plateia, Dilma afirmou estar emocionada ao sancionar a Lei que regulamenta o acesso a informação pública e a lei que cria a Comissão da Verdade
POR MARIANA HAUBERT


Ao sancionar a Lei de Acesso à Informação e a lei que cria a Comissão da Verdade, Dilma disse ser hoje (18) um dia "histórico" para o Brasil - Wilson Dias/ABr

A presidenta Dilma Rousseff sancionou hoje (18) a lei que regulamenta o direito de todo cidadão ter acesso a informações públicas, expresso na Constituição de 1988. Após mais de 23 anos de espera, o Brasil passa a ser o 89º país a ter uma lei desse tipo, e o 19º na América Latina. O texto acaba com o sigilo eterno de documentos ultrassecretos e estipula mecanismos para a divulgação e para pedidos de informação.

Diante de uma plateia numerosa na cerimônia realizada no Palácio do Planalto, com a presença de ministros, parlamentares e os quatro comandantes das Forças Armadas, a presidenta também sancionou a lei que cria a Comissão Nacional da Verdade, que vai investigar e consolidar informações sobre as violações de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988, período que inclui a ditadura militar, composta por sete membros nomeados pela Presidência da República.

Em discurso após a sanção das duas leis, a presidenta disse estar muito orgulhosa por sancioná-las. “ É o dia em que comemoramos – e a partir de agora iremos comemorar – a transparência, e celebrar a verdade”, disse ela, ao reafirmar o compromisso do governo com o tema. “[A lei] garante o acesso à história do país e reforça o exercício cotidiano da fiscalização do Estado”. Ainda segundo Dilma, as duas leis consolidam a democracia no país e o colocam em um patamar superior, em que o Estado passa a ser subordinado aos direitos humanos. Ela também destacou a proatividade que os cidadãos adquirem ao ter mais poder de controle e fiscalização perante o Estado, o que reverterá em benefício para toda a sociedade e no fortalecimento da cidadania.

O texto definitivo, aprovado pelo Senado em outubro, da Lei de Acesso à Informação foi sancionado com dois vetos. Foram suprimidos o parágrafo 1º do artigo 19 e o artigo 35. O primeiro, estabelecia que negativas de acesso a informações relacionadas a questões de direitos humanos deveriam ser encaminhadas ao Ministério Público, e o segundo, estabelecia a criação da Comissão Mista de Reavaliação de Informações. No entanto, os vetos aplicados pouco alteraram a lei.

Presente na cerimônia, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo afirmou que no prazo de seis meses, cada órgão público, tanto do Legislativo quanto do Executivo e do Judiciário, deverão publicar, em páginas próprias na internet, informações completas sobre sua atuação, contratos, licitações, gastos com obras, repasses ou transferências de recursos.

Para a presidenta, as duas leis tratam de assuntos distintos, mas estão diretamente ligadas uma à outra. “São leis que representam um grande avanço institucional e um passo decisivo na consolidação da democracia brasileira. Leis que tornam o Estado brasileiro mais transparente e garantem o acesso à informação e, ao mesmo tempo, o direito à memória e à verdade e, portanto, ao pleno exercício da cidadania”, afirmou no discurso.

Dilma estabeleceu a conexão entre as duas leis ao esclarecer que nenhum documento que atente contra os direitos humanos pode ser enquadrado em qualquer tipo de sigilo. “Uma [lei] não existe sem a outra, uma é pré-requisito para a outra, e isso lançará luzes sobre períodos da nossa história que a sociedade precisa e deve conhecer. São momentos difíceis que foram contados até hoje, ou, melhor dizendo, foram contados durante os acontecimentos sob um regime de censura, arbítrio e repressão, quando a própria liberdade de pensamento era proibida”, disse.

Acesso a informação pública

O principal ponto da lei sancionada hoje (18) versa sobre o chamado fim do sigilo eterno. O texto estabelece que nenhum documento poderá ficar por mais de 50 anos sem acesso público. A lei classifica as informações em três categorias: reservadas (5 anos de sigilo), secretas (15 anos) e ultrassecretas (25 anos), não podendo ter o prazo de sigilo renovado por mais de uma vez. A contagem do prazo começa a partir da produção do documento. Hoje, um documento pode ser classificado por 30 anos, mas este prazo pode ser prorrogado indefinidamente.

Todos os órgãos públicos dos três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – e dos três níveis de governo – federal, estadual, distrital e municipal – estão subordinados à lei, incluindo os Tribunais de Contas e os Ministérios Públicos. A lei também estabelece que autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e municípios deverão cumprir a lei.

De acordo com a lei, todas as informações de interesse público deverão ser divulgadas proativamente, ou seja, independentemente de solicitações. Tais informações deverão ser prestadas, prioritariamente, pela internet, de modo fácil e claro, com sistemas de busca e indicação de meios de contato por via eletrônica ou telefônica com o órgão que mantém o site. Ficam de fora desta regra os municípios com menos de 10 mil habitantes.

Todos os documentos deverão estar em formato eletrônico (planilhas e texto) e seu download deve ser permitido. O site também deverá ser aberto à ação de mecanismos automáticos de recolhimento de informações, ou seja, deve permitir que robôs de busca façam a busca e a organização da informação. A autenticidade e a integridade das informações do site devem ser garantidas pelo órgão.

Qualquer cidadão poderá solicitar informações.

Acesse aqui a página especial do Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas com o resumo e o texto integral da Lei (texto aprovado pelo Senado).

Comissão da Verdade

Diante de familiares de presos políticos da ditadura, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que a Comissão da Verdade é uma homenagem aos que lutaram pela democracia nos chamados “anos de chumbo”.

Ao longo dos próximos dois anos, a comissão vai investigar violações de direitos humanos no período entre 1946 e 1988 e será composta por sete pessoas indicadas pela Presidência. Até o momento, não há informações sobre possíveis indicados e nem data para isso. Durante as investigações, o grupo poderá requisitar informações a órgãos públicos, inclusive sigilosas, convocar testemunhas, realizar audiências públicas e solicitar perícias.

A comissão terá 14 funcionários, além do suporte técnico, administrativo e financeiro da Casa Civil. A comissão terá ainda de enviar aos órgãos públicos competentes informações que ajudem na localização e identificação de restos mortais de pessoas desaparecidas por perseguição política.

De acordo com a presidenta, o objetivo do grupo que formará a Comissão será “resgatar a verdade para que as gerações futuras conheçam o passado do Brasil e para que os fatos que mancharam a nossa história, nunca mais voltem a acontecer”.

A proposta, inicialmente enviada pelo Executivo ao Congresso Nacional em maio de 2010, foi feita com base na experiência de outros países, como Argentina, Chile e Peru que também viveram ditaduras recentes. Na avaliação de Dilma, este é um momento histórico do Brasil, mas sem o caráter de revanchismo.

O trabalho da Comissão da Verdade irá complementar a atuação de duas comissões criadas anteriormente, a Comissão de Anistia e a Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos. A primeira, julga pedidos formais de desculpas do Estado aos cidadãos brasileiros que participaram da luta a favor da democracia. A segunda, é responsável pelo reconhecimento de pessoas desaparecidas por participação em atividades políticas, entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979, e que tenham sido mortas em dependências policiais.

A criação da comissão foi proposta no 3º Programa Nacional de Direitos Humanos, em dezembro de 2009.

Fonte: http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/dilma-sanciona-lei-de-acesso-a-informacoes/

BIBLIOTECA DO FUTURO (INSTITUCIONAL)

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Sueco Tomas Tranströmer ganha prêmio Nobel de Literatura

Anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira (06) em Estocolmo.
Poeta de 80 anos é natural da mesma cidade e anúncio agradou plateia.

O poeta sueco Tomas Tranströmer foi anunciado na manhã desta quinta (06) como o escolhido para receber o prêmio Nobel de Literatura 2011. O anúncio da premiação do escritor de 80 anos, que é natural de Estocolmo, provocou comoção na pequena plateia que acompanhava a cerimônia na mesma cidade.
O poeta sueco Tomas Tanströmer, anunciado nesta quinta-feira (6) vencedor do Nobel de Literatura, posa para foto em sua casa, em Estocolmo, na Suécia (Foto: AP)


O poeta sueco Tomas Tranströmer, anunciado nesta quinta (6) vencedor do Nobel de Literatura (Foto: AP)

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Esperar editora é utópico, diz autor recordista em livros publicados

Autor de 1.100 livros, Ryoki Inoue decidiu publicar ele mesmo suas obras.
Para editor, livros independentes têm mercado grande e segmentado.

Daniel Buarque Do G1, em São Paulo
Esperar editora é utópico, diz autor recordista em livros publicados (Foto: Editoria de arte/G1)


O escritor mais prolífico do mundo cansou de esperar pelas editoras. Autor de 1.100 títulos e reconhecido em 1993 pelo Guinness como o homem que mais escreveu e publicou livros em todo o planeta, Ryoki Inoue já viu seu nome em obras lançadas pelos maiores grupos editoriais do país, mas se sentiu desvalorizado, desistiu e resolveu publicar ele mesmo suas próximas obras, criando uma empresa para fazer isso de forma independente. “O autor é apenas um ninguém para as editoras”, disse o escritor, em entrevista ao G1.

(Série Como publicar o primeiro livro. A Bienal do Livro do Rio acontece até 11 de setembro e movimenta o mercado literário. O G1 publica nesta semana uma série de reportagens sobre o processo para publicar um livro no país.)

“Cansei de ficar esperando prestações de contas. E também cansei de esperar que essas grandes editoras fizessem alguma coisa do ponto de vista de divulgação e marketing”, disse. Em sua empresa, a Ryoki Inoue Produções, o escritor diz ter um controle maior do processo de publicação, da divulgação, da distribuição (com vendas especialmente pela internet) e do retorno financeiro pelos livros vendidos.

Médico, Inoue mudou de profissão e se tornou escritor nos anos 1980. Ele começou a publicar livros de bolso para leitura rápida, com títulos de westerns e pequenos romances históricos vendidos em bancas de revistas. A necessidade de ter uma renda fixa com este trabalho fez com que desenvolvesse técnica para escrever rápido e conseguir publicar muitas obras (até 12 livros por semana), o que o fez alcançar a marca de recordista mundial. Mais recentemente, ele se tornou autor de obras maiores, como “Saga” (Ed. Globo) e “Fruto do Ventre” (Record), mas não ficou satisfeito com a relação com as editoras.
É mais fácil uma boa relação com uma editora pequena do que com uma grande"
Ryoki Inoue, autor de 1.100 livros

quarta-feira, 25 de maio de 2011

GONÇALVES DIAS – O MARTIR




O imortal cantor dos Timbiras, o insigne libertador da literatura pátria foi um mártir.
Ainda não balbuciava as primeiras palavras, qando sentiu a primeira dor.
Seu “Pae”, procurando escapar às perseguições que naquele tempo lhe moviam em Caxias, partiu para a Europa, abandonando-o.
Ao voltar poucos anos depois, cazou-se com outra mulher. Viu-se, então, o pequenino separado daquela que lhe dera o ser, ficando num triste berço, entregue aos cuidados de mãos estranhas, sem o beijo dos mais doces lábios, sem o calor do mais santo colo – o colo e os lábios da mãe.
É certamente desse berço sem caricias que ele diz mais tarde:
“... Antes meu berço
Que vagidos do infante vivedouro
Os sons finaes de um moribundo ouvisse”.

Criança, entrando a praticar na loja de seu pai,era ai, ,maltratado pelo desapiedado caixeiro que, á força de palmatória, o queria fazer compreender os complicados cálculos do balcão.
Aos quatorze anos apenas, sofreu a grande desgraça de morrer-lhe o pai. E ele que já havia enveredado pelo caminho das letras, veria perdida todas as suas esperanças, se não fora a alma boa e generosa de sua madrasta que o mandou estudar em Coimbra.
Lá, vivendo despreocupadamente, sentindo apenas as saudades da
“... Terra que o sol cálido vigora
E em frouxa languidez estende os nervos...”, achou-se inesperadamente a braços com a miséria devido à suspensão da mesada que lhe mandava a madrasta.
Em pleno florescer da mocidade, enamorou-se de uma “formosa filha de Modengo”, e ele e ela, impulsionados pelo mesmo sentimento, com o ardor próprio da carne nessa bela quadra de vida, ele e ela se amoram apaixonadamente. E desta vez, a sorte ainda foi adversa ao poeta: pobre, sem recursos pecuniários, não pode desposar a sua “doce imajem” que tinha o suspiro.
“Mais saudoso que as auras encantadas”.
Quando foi para obter o pergaminho de bacharel, viu se obrigado, pela falta de dinheiro, empenhar a sua mimosa biblioteca que não pôde mais reaver.
Quis o poeta visitar a formosa Caxias, abraçar a sua querida mãe, rever os lugares onde passara a infância.
Chegado á terra que tanto amava, em vez de receber manifestações carinhosas, teve filho bastardo, que sofrer os ápodos e preconceitos de uma sociedade ignara.
Desprezado pro aqueles que o deviam acariciar, parte para o Rio de Janeiro em busca de meio mais civilizado.
Ai dobrou o martírio do poeta: alem das dores moraes que continuamente sofria, começou a depauparar-se o seu organismo.
Em um desses momentos em que, de uma só vez, lhe deram alanceados corpo e alma escreveu:
“Meu Deus, Senhor meu Deus, o que há no mundo
Que não seja sofrer?
O homem nasce e vive num só instante,
E sofre até morrer!”

E, em verdade, a vida do poeta na pátria, no estrangeiro por onde andou varias vezes, foi toda ela, do berço ao tumulo, uma cadeia de dores!
Ainda nos últimos instantes da vida, no naufrágio da barca em que viajava enfraquecido pelo seu sofrimento físico que o tolhia de procurar a salvação, desprezado pelos de bordo, o mar, pouco a pouco, asfixiando-o, alem da agonia da morte, sofria outra dor, a mais cruel, mais pungente, mais lancinante, a dor de morrer bem perto da terra querida sem poder ouvir o canto do sabiá nos leques da palmeira!
Permite, pois, ó poeta, tu, “Que foste grande na dor como na lira”, que eu deponha, aqui, o meu modesto, mas sincero preito de homenagem.

Mata Roma.
Do Instituto Gomes de Souza
Publicado na Revista Maranhense de 1921.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

50 maiores clássicos da literatura mundial

29/01/2010 - 18h13
Conheça os 50 maiores clássicos da literatura mundial

da Folha Online
Divulgação
Saiba mais sobre os 50 maiores clássicos mundiais
Saiba mais sobre os autores e o contexto dos 50 maiores clássicos

No livro "50 Clássicos que Não Podem Faltar na Sua Biblioteca" (Verus Editora), a escritora, editora e crítica literária Jane Gleeson-White reuniu as maiores obras da literatura mundial, como "Ilíada" (Homero) e "O Idiota" (Fiódor Dostoiévski).

Este guia acessível mostra o contexto histórico que envolvia cada uma destas grandes publicações, com comentários sobre os enredos e personagens, dados biográficos e outras importantes informações.

domingo, 17 de abril de 2011

Cabine Telefonica vira pequena biblioteca na Grã-Bretanha

h av moradores Cunning descobriram uma nova maneira de lidar com a escassez de bibliotecas em sua área, transformando um telefone antigo caixa vermelha em uma troca de livros.

O telefone do quiosque ex-BT foi transformado a partir de uma central telefônica para o menor biblioteca da Grã-Bretanha por residentes na astúcia e agora as existências em torno de 100 títulos.

Os moradores se uniram para criar a caixa de livro depois de seu serviço de biblioteca móvel foi cancelada.



Livro caixa: Os moradores da vila de Somerset Westbury-sub-Mendip esperar na fila para usar o menor biblioteca do país, que foi convertido de uma caixa de telefone antigo vermelho

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Livro digital vende mais que impresso pela primeira vez nos EUA

Vendas de ebook em fevereiro superaram a demanda por livros de bolso nos EUA; muitos leitores compraram aparelhos no Natal


Os livros digitais (ebooks) transformaram-se, pela primeira vez, na categoria individual mais vendida do mercado editorial americano, segundo o último levantamento da Associação de Editores Americanos (Association of American Publishers - AAP).

De acordo com o site do jornal The Guardian, as vendas de livros eletrônicos totalizaram US$ 90,3 milhões em fevereiro (R$ 142 milhões).

Isso fez dos livros digitais o formato editorial mais vendido pela primeira vez na história, superando as vendas de livros em papel de bolso, que somaram

quarta-feira, 30 de março de 2011

Başka Dilde Aşk

Amor em outra língua “Başka Dilde Aşk” - Love in Another Language (2009) - Turkia




Sinopse :

Onur, que é surdo desde o nascimento, trabalha como bibliotecário. Seu pai deixou sua mãe e ele (quando ele tinha sete anos), e Onur sempre se culpou por isso. Apesar de ser capaz de falar, ele optou por permanecer em silêncio por causa do olhar de piedade das pessoas para com ele. Na festa de noivado de seu amigo Vedat , ele conhece Zeynep, que mais tarde descobre sobre a deficiência auditiva de Onur, mas não se incomoda. Ela é forçada por seu pai dominador a sair de casa e consegue um emprego em um call center. Tendo que falar ao telefone o dia todo com pessoas que ela não conhece, Zeynep encontra a paz com Onur com o qual ela se comunica perfeitamente sem falar…

Muito bom o filme.
Veja o Trailer.



segunda-feira, 28 de março de 2011

Lista de Textos legais

BRANSKI, Regina Meyer. Recuperação de informação na Web. Perspectiva em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 9, n. 1, p. 70 – 87, 2004.

CAMÕES, Luís de.Os Lusíadas (texto e análise)

Carlos Drummond de Andrade. Última Entrevista.

CENDÓN, Beatriz Valadares. Bases de dados de informação para negócios. Ciência da Informação, Brasília, v. 31, n. 2, p. 30-43, maio/ago. 2002.

COMFORT, David. O Livro dos Mortos do Rock: Revelações sobre a vida e a morte de sete lendas do rock’n’roll

HERCULANO, Alexandre. Lendas e Narrativas. Lisboa : Bertrand, 1970

MEY, Eliane Serrão Alves (2004) Bibliotheca Alexandrina. In Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, 1(2) pages 71-91.

MIRANDA, Antonio. Produção científica na ciência da informação. Ciência da Informação,V. 27, n. 1, 1998.

MONTEIRO, Gilson Vieira. Sumário ou índice? Conceitos, definições e controvérsias. Acta Cir. Bras., 1998, vol.13, no.2, p.-. ISSN 0102-8650.

Músicos e cantores - Mortes

RIBEIRO, José Augusto. Pós-modernidade ou hipermodernidade.

SIQUEIRA, Jéssica Câmara. Biblioteconomia, documentação e ciência da informação: história, sociedade, tecnologia e pósmodernidade. Perspectivas em Ciência da Informação, v.15, n.3, p.52-66, set./dez 2010

TESTA, James. A base de dados ISI e seu processo de seleção de revistas. Ci. Inf., v..27, n.2, 1998.
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